Responsável pelo núcleo de Moçambique da União dos Exportadores da CPLP
É uma mulher do Norte. Daquelas que, como diz Miguel Esteves Cardoso, “pensam em tudo e dizem tudo o que pensam”. E Rosália Rodrigues, responsável pelo núcleo de Moçambique da União dos Exportadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, costuma dizer o que pensa no momento em que o pensa. Tem sido sempre assim. Em Portugal e em Moçambique, onde passa atualmente dois terços do seu tempo.Licenciada em Engenharia Florestal, considera que aquilo que faz melhor é “resolver problemas, criar projetos”. E essa é a sua tarefa. “Decidi dedicar-me a ligar pessoas e negócios dos dois países, Portugal e Moçambique”, algo que, confessa, a faz “muito feliz”. E nem a distância que a separa da família, dos pais e dos três irmãos, da quinta que, em Santo Tirso, criou nela o desejo de seguir carreira na área agrícola e florestal, faz com que o trabalho compense menos.
Não foi a única mulher na turma do curso de Engenharia Florestal, mas muitas vezes tem estado no meio de homens, profissionalmente falando, seja no trabalho atual ou na AMOZ Consulting Mozambique, da qual foi fundadora e CEO. Com alguns amargos de boca, é certo, mas nada que não tenha conseguido ultrapassar com a mesma receita: trabalho.
Aos 34 anos, quase 35, sabe que está no caminho certo. E quando as decisões obrigam a momentos de reflexão, é à estrada que se faz para os resolver. “É a conduzir que arrumo muita coisa.” Além do volante, confessa a admiração pela prática de golfe, que tentou aprender. Mas embora os tacos tenham com ela feito a viagem para o continente africano, o mais certo é que regressem na próxima ida a casa.